domingo, 24 de novembro de 2013

Refletindo...

Ola, leitores.
Estive no Rio de Janeiro no fim de semana passado e uma situação específica me fez refletir e eu resolvi compartilhar minhas reflexões aqui com vocês. 


Estava andando no calçadão de Copacabana com meus pais a noite, por volta das 22h e meu pai foi tirar uma foto minha. Enquanto estávamos tirando a foto um homem passou e ficou olhando para o celular. Eu já corri pro meu pai e guardei o celular. Mas o homem voltou e começou a conversar com meu pai. Ele disse que era do bem, da paz, que estava mal vestido, mas que não roubava nada de ninguém. Começou a contar uma história de que ele era do Espírito Santo e que precisava de dinheiro para pagar uma diária em um hotel. Meu pai deu algumas moedas pra ele, mas ele nem agradeceu e saiu andando, bravo, jogou as moedas no chão e saiu xingando o ar, dizendo "quem pode, pode nessa porra!!".
O que ele disse me fez pensar... O quanto as pessoas são hipócritas! As pessoas mal sucedidas financeiramente dizem que os ricos são ladrões, que a burguesia é folgada, que são os "reis do mundo", que concentram todas as riquezas e abusam do que tem. Mas o que todos esses "reacionários" que criticam as classes mais altas querem é estar no topo, assim como eles. 
Resumindo: os pobres só criticam os ricos, mas o que eles realmente querem é estar lá no lugar deles, aproveitando o luxo e a riqueza. Para mim, é muita hipocrisia! 
Muitos pensam que as classes mais altas conseguiram o que têm de forma inadequada, como se estivessem "roubando" dos mais pobres, mas muitos estão no topo hoje porque batalharam na vida e conseguiram conquistar seu lugar no mundo. Não é só porque uma minoria concentra as riquezas, que essas pessoas estão privando a maioria de uma vida melhor. Se toda essa maioria que hoje não está bem financeiramente tivesse trabalhado e se esforçado como muitos ricos de hoje, nossa sociedade seria muito mais evoluída e teríamos um pais mais desenvolvido.
Pensem nisso... Vamos estudar e trabalhar, chega de moleza! 

Sei que posso receber críticas com o que acabei de dizer, por ser encarado como um pensamento burguês de elite, mas é assim que penso e criei este blog justamente para expor meus pensamentos. Gostaria também de saber o que vocês pensam sobre isso, deixem seus comentários.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

A Perfeita Sociedade Imperfeita

A seguir, um texto dissertativo argumentativo que produzi em uma aula de redação a partir de leituras sobre clonagem de animais e humanos. Espero que gostem e deixem seus comentários.



A clonagem é um tópico bastante debatido em todo o mundo. A geração de animais e embriões geneticamente idênticos gera polêmica e tem diferentes visões de acordo com o ponto de vista com que é analisado.
Com os avanços tecnológicos tornou-se possível produzir embriões humanos e a indústria desses embriões é muito lucrativa, porém gera diversas críticas.
A fabricação de embriões pode ajudar casais a realizarem o sonho de ter filhos. Os futuros pais podem ainda escolher o sexo, cor da pele e cor dos olhos do filho.
Entretanto essa seleção genética pode ser considerada uma "higienização" da sociedade, que é de fato preocupante. Cientistas radicais justificam o fato alegando que buscam o "bem da humanidade". Porém, é impossível esquecer que esse mesmo argumento de "higienizar e purificar" a sociedade para o "bem da humanidade" foi usado também pelos nazistas na Alemanha e acabou por dizimar milhares de pessoas considerada "impuras".
Estudos e pesquisas com células-tronco podem ser essenciais para o futuro da humanidade, utilizadas na cura de doenças e para ajudar em casos em que a pessoa é realmente impossibilitada de ter filhos. Porém, a utilização delas para criar uma sociedade "perfeita" é inaceitável. Tal tema já foi abordado em diversas produções literárias e filmes, que projetam o quão seletiva e monótona seria uma sociedade produzida em laboratório.
Produzindo uma sociedade dentro de laboratórios, a reprodução natural dos seres humanos seria extinta; a ordem natural criada por Deus de que uma mulher e um homem se relacionam e reproduzem deixaria de existir. O ser humano seria frio e a sociedade amargurada. 
Ainda,  ao criar uma sociedade "higienizada", a diversidade, que é a verdadeira perfeição da humanidade não haveria mais de existir. Pois as diferenças e imperfeições humanas são justamente o que torna nossa sociedade tão perfeita. 

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

A "Evolução" Cultural

O texto a seguir foi uma atividade para uma aula de filosofia em que fazíamos reflexões sobre a arte, cultura e estética. Gostei bastante do que escrevi e resolvi postar aqui minhas reflexões. Espero que gostem e deixem seus comentários.


A arte possui um conceito extremamente amplo. Durante seu caminho de ampliação, são encontrados dois posicionamentos opostos: alguns defendem a ideia de que a arte deve ser pura, sem relação com circunstâncias históricas, sociais, políticas ou econômicas; enquanto outros, defendem que a arte tem um compromisso crítico com a sociedade, de forma a se posicionar para alertar as pessoas para uma realidade de injustiças e opressão.
Analizando essas duas posições, penso que cada manifestação artística se enquadra em algum desses posicionamentos. Assim, acredito que não seja possível defender um deles separadamente, pois eles se complementam.
Atualmente, é possível perceber que certos tipos de arte são restritos à poucas pessoas. Para compreender esse fato, é necessário voltar um pouco no passado.
Na década de 1930, o filósofo  Walter Benjamin analisava a relação entre a arte e a sociedade no mundo. Diante do nazi-fascismo emergente na Europa e da esperança de uma Revolução Comunista, a arte sofreu intensas mudanças. Nesse período, a arte tinha como objetivo tocar as paixões mais primitivas do homem como a guerra, colocando-a como um espetáculo artístico, porém, restrita à poucos. Dessa forma, havia a esperança socialista, um sonho de liberdade e democratização da cultura, ou seja, acesso para todos, inclusive trabalhadores, à todas as formas de manifestações artísticas.
Contudo, com o fim da Segunda Guerra e do nazismo, surge a chamada "cultura de massas", existente até os dias de hoje. Não houve a sonhada democratização da arte, mas uma massificação dela para um consumo rápido. Foram impostos padrões de beleza e uma cultura de consumo exacerbado por meio das propagandas nos meios de comunicação. Assim, a arte foi desvirtuada, tornando-se reprodutiva e repetitiva, passando a obedecer padrões de mercado e consumo.
Ainda hoje podemos perceber que a arte não foi democratizada. Há uma divisão entre a "elite culta"e a "massa inculta" criada pela indústria cultural, que cria a ilusão do acesso de todos à cultura e arte. O que hoje é oferecido ao que chamamos de "massa" é uma cultura fútil e superficial. É necessário uma maior valorização da arte em geral para que toda a população tenha acesso à verdadeira cultura. O governo precisa tomar iniciativas de cunho cultural como a realização de exposições, peças teatrais e concertos, ressaltando que os ingressos precisam ser gratuitos para que todos possam ter acesso. Somente com acesso à verdadeira arte, teremos uma sociedade mais educada, pensante e culta, o que nos leva a compreender o porquê da pouca valorização da arte que o governo atual (corrupto) brasileiro.

domingo, 6 de outubro de 2013

A Melhor


Exatamente uma semana atrás, num domingo, eu estava chegando em casa depois de uma viagem inesquecível. Foi minha viagem de formatura do 9º ano, a melhor da minha vida.
Quando cheguei em casa, estava com a melhor sensação do mundo, era uma felicidade imensa que não cabia dentro de mim. A alegria de reencontrar minha família, que estava me esperando de braços abertos, sorriso no rosto e cheios de saudade, assim como eu. Ao mesmo tempo, tinha a empolgação de contar para todo mundo o quanto foi maravilhoso passar esses dias com meus amigos, professores e todas as pessoas legais que conheci lá.
Nossa viagem foi para um acampamento chamado NR (Nosso Recanto). É o maior acampamento da América Latina e o lugar em que vivi alguns dos melhores momentos de minha vida. O lugar é maravilhoso, mas sem nada de luxo, o que nos permitiu ficar em contato com a natureza e com as pessoas. Não havia sinal de celular para a maioria das operadoras, mas até as pessoas que tinham sinal de celular esqueceram dele. Nos isolamos do resto do mundo, da internet e redes sociais. Foi muito interessante perceber que apesar de todo esse vício por celular dos adolescentes de hoje, pudemos nos divertir ao máximo sem nem lembrar que celular existia.
Tínhamos atividades durante o dia todo e até a noite. Haviam atividades dirigidas muito legais, festas ótimas a noite e ainda tínhamos o horário livre para fazer o que quiséssemos. Mas eram tantas coisas boas pra fazer (Caiaque, pedalinho, escalada, tirolesa, toboágua, etc) que nem lembrávamos de comer ou dormir no horário livre. A equipe de monitores é maravilhosa, todos eles desde cedo até a madrugada com um sorriso no rosto, fazendo graça toda hora e prontos para qualquer coisa. Brincamos como crianças, dançamos e pulamos até não aguentar mais, rimos até a barriga doer e nos divertimos como se o mundo fosse acabar.
Essa viagem foi extremamente importante e marcante para mim. Durante esse tempo, pude conhecer melhor meus amigos, me despedir deles, conhecer novas pessoas e fazer atividades que nunca tinha feito. Foi um momento maravilhoso em que eu pude me esquecer do resto do mundo, de todas as preocupações da escola e apenas me divertir como nunca com pessoas que amo e sentirei muitas saudades.
Infelizmente, algumas de minhas amigas não puderam ir à viagem, mas elas estiveram lá comigo, em meu coração, vivendo todos esses ótimos momentos.
Já viajei para vários lugares, mas essa foi certamente uma das melhores viagens que já fiz, o que me leva a ter ainda mais certeza de que o que realmente importa para sermos felizes são as pessoas que estão ao nosso lado.

Obrigada à todos os meus amigos que estiveram comigo nesses dias inesquecíveis. Já estou com saudade de tudo. Mas pra matar um pouquinho a saudade... A trilha sonora da nossa viagem (rsrsrs):
"Celebrar! Como se amanhã o mundo fosse acabar
Tanta coisa boa a vida tem pra te dar
Pensamento leve faz a gente mudar"

#NRFeelings #VoltaNR #Saudade 

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Preconceito Racial: tem cura?

Após um bom tempo sem novas postagens devido às minhas tantas obrigações de vida de estudante, arrumei um tempinho para postar esse novo texto. É uma dissertação argumentativa abordando o tema do preconceito racial no Brasil, que escrevi para uma prova de produção textual. Espero que gostem. Deixem seus comentários.


O preconceito racial está presente em todo o mundo, porém com maior intensidade em certos países como o Brasil. O racismo da sociedade brasileira provem de seu passado de escravidão, que criou uma visão pejorativa e preconceituosa da raça negra.
Sendo o preconceito racial um problema constante que atinge o Brasil, é necessário criar mecanismos para diminuí-lo e se possível erradicá-lo, proporcionando assim um maior desenvolvimento da sociedade.
O racismo dos brasileiros encontra-se oculto, pois muitas pessoas o tem, mas não o demonstram. Portanto, o primeiro passo para pôr um fim no preconceito racial é reconhecer que ele ainda está presente em nossa sociedade.
É preciso que o governo forneça educação de qualidade à todos – brancos e negros – ao invés de criar cotas nas universidades. Essa pode ser considerada uma medida preconceituosa, pois os negros têm tanta capacidade quanto os brancos de passar em uma prova de vestibular desde que um bom ensino lhes seja oferecido.
A educação e o respeito são fatores extremamente importantes para a diminuição e erradicação do racismo, pois é fundamental compreender que que os negros são tão capazes quanto e muitas vezes melhores do que muitos brancos. Portanto, merecem o mesmo respeito e oportunidades. Por outro lado, é preciso também uma maior fiscalização e punição daqueles que cometem o crime do racismo. Muitos desses crimes são julgados incorretamente e os que cometem esse delito, acabam saindo ilesos.
Muitos brasileiros precisam compreender que os negros estão crescendo e tomando seus lugares da sociedade. É um processo natural que apenas não ocorreu anteriormente devido à escravidão, que atrasou o desenvolvimento da sociedade negra. O fim do preconceito racial é necessário e será muito benéfico para o país, proporcionando menos conflitos sociais e uma melhor convivência entre todos na sociedade. 

sábado, 10 de agosto de 2013

Somos mesmo uma raça de mimados?

O texto a seguir eu produzi a partir da leitura de uma reportagem de Luiz Felipe Pondé com o objetivo de expressar minha opinião sobre ela. A reportagem "Uma Raça de Mimados" foi publicada na revista Lola, é bastante crítica e até desconfortável de certa forma. Porém, é muito interessante e um belo "tapa da na cara da sociedade". Espero que gostem da minha opinião, deixem seus comentários. 


Partindo da leitura da reportagem "Uma Raça de Mimados" escrita por Luiz Felipe Pondé, uma discussão ampla e praticamente sem fim é aberta. Luiz Felipe aborda questões que provavelmente nunca paramos para pensar, o que torna seu texto interessante, mas ao mesmo tempo incômodo.
Em sua linha de pensamento pessimista, que pode também ser considerada realista, Luiz afirma que certamente não vivemos em uma época revolucionária, acusando de mal-informado alguém que pense isso. Para ele, quem acha nossa época revolucionária precisa estudar Pré-História, pois revolucionário mesmo foi o fogo. Realmente, o fogo foi um marco na história da humanidade e nos permitiu chegar até aqui. Porém, discordo em parte com o fato de nossa época não ser nada revolucionária. Acredito que a enorme evolução das tecnologias nos permite hoje ter acesso à muito mais informações, o que permitiram o desenvolvimento de várias áreas como a construção civil a medicina, aumentando ainda a expectativa de vida. Entretanto, penso que essa revolução tecnológica gerou reflexos negativos na sociedade. A sociedade "involuiu" e concordo plenamente com Pondé ao dizer que provavelmente seremos lembrados como habitantes da era do ressentimento, pois somos todos chorões e não conseguimos lidar com as frustrações. "[...] viver é se frustrar.". Bom, não sejamos assim tão pessimistas, mas as frustrações também fazem parte da vida e a sociedade atual se fragiliza muito diante delas, o que acredito que pode ser uma consequência dessa revolução tecnológica pela qual estamos passando. Precisamos aceitar o que a realidade nos traz e parar de lamentar, chorando pelos cantos se perguntando "Por que comigo?".
Pondé afirma "[...] vivemos na sociedade do conforto, e a marca dessa sociedade é a ideia de que temos "direito à felicidade."". Efetivamente, vivemos em uma sociedade do conforto, onde todos buscam "ser feliz". Entretanto, O conceito de felicidade encontra-se deturpado. A sociedade vem buscando tanto essa "felicidade"que o conceito verdadeiro da palavra acabou por se modificar ou até por se perder. O ideal de "ser feliz"quase apagou a chama da real felicidade. Mas essa chama ainda existe e precisa ser alimentada. Aceitar o fato de que não somos donos do Universo, mas apenas parte dele pode ainda ser difícil para a sociedade. Porém, o Universo pede uma evolução e por isso, temos que conviver com a realidade que muitas vezes pode ser cruel; acatar as decisões da natureza e lidar com as frustrações que ela nos pode trazer. Apenas assim reacenderemos a chama da felicidade verdadeira com toda a sua força.
Discordo completamente com a ideia negativa exposta por Pondé de que não temos direito à felicidade por ela ser insignificante diante do Universo. Temos sim o direito e o dever de sermos verdadeiramente felizes, pois nossa felicidade definirá a forma que seremos lembrados.

domingo, 28 de julho de 2013

Sutis Alfinetadas


A seguir, a resenha do livro "A Revolução dos Bichos" de George Orwell. Minha professora de história solicitou a leitura do livro e realizamos oficinas para discutirmos a obra e confeccionarmos nossas resenhas. Gostei muito do resultado final e resolvi postar aqui para vocês. Espero que gostem, deixem seus comentários.


George Orwell, pseudônimo utilizado por Eric Arthur, nascido em 1903, na índia e estudante na Inglaterra, tornou-se um dos mais influentes escritores do século XX. O jornalista, romancista e crítico, utiliza-se de uma alegoria, estabelecendo uma comparação entre o real e o animado em sua obra “A Revolução dos Bichos”, que assume forma de fábula com o objetivo de esclarecer e criticar algo.
Avaliado por Malcolm Bradbury como “A melhor sátira já escrita sobre a face negra da história moderna”, a obra porém, enfrentou diversos obstáculos antes de ser publicada. Por ser considerada uma sátira agressiva à ditadura stalinista, vários editores a rejeitaram. Quando publicada, em 1945, estremeceu o ramo literário e político da época, por ser imediatamente identificada uma analogia ao regime soviético.
Utilizando-se do recurso da figura de linguagem, mais especificamente da personificação, ou seja, atribuindo características humanas aos animais, Orwell estabelece uma comparação direta entre os líderes da Granja dos Bichos - onde se passa a narrativa - com os políticos russos da época em que ocorria a Revolução, dando a eles a forma de porcos; isso representou uma grande ofensa aos governantes e agravou ainda mais a atmosfera de desconforto.
Criando um paralelo entre a Revolução dos bichos e a Revolução Russa, George Orwell estabelece uma relação entre a Granja dos Solar, liderada por Jones e a Rússia Czarista.
A narrativa se dá a partir de um sonho tido pelo sábio porco Major (facilmente relacionado a Karl Marx, o pai do comunismo), idealizando um mundo sem humanos.  Após a morte do Major, impulsionados pelo sonho do sábio porco e pela insatisfação a respeito das condições em que viviam, a miséria e a tirania dos homens que ali mandavam, a Revolução dos bichos não tarda a acontecer. Eles expulsam Jones, o dono da granja, e os outros humanos, tomando o poder.
Baseados em sete mandamentos, que posteriormente foram sintetizados em um único lema “Quatro pernas bom, duas pernas ruim”, os animais instituíram um regime semelhante ao socialismo, chamado de Animalismo. Logo após a revolução, o poder encontrava-se nas mãos do porco Bola-de-Neve, que pode ser comparado à Lênin, pois o mesmo tomou as rédeas da Revolução Russa e deteve o poder, em primeiro momento. Desde então, os animais trabalhavam felizes, pois os frutos de seus esforços estavam sendo colhidos por eles, e não pertenceriam aos humanos como antes; se sentiam livres e viviam bem como os donos daquele lindo lugar, a Granja dos Bichos. 
 Entretanto, subitamente, o porco Napoleão dá um golpe e à força toma o poder implementando seu regime totalitário. Portanto, podemos compará-lo a Stalin, pois assim como este, utilizou a mídia, que no caso da narrativa foi representada pelo porco Garganta, para garantir sua legitimidade.
Corrompidos pelo poder, os porcos começam a burlar os mandamentos criados por eles próprios após a revolução, assim como previam os anarquistas, ao afirmarem que o poder é o maior inimigo em uma sociedade. Porém, com os pronunciamentos de Garganta, os outros animais acabam cedendo, pois são a massa, analfabeta e facilmente manipulada. Dessa forma, é notório o objetivo do autor de levar à tona imperfeições humanas: impõem regras e abusam do poder que têm, burlando-as, enquanto outros aceitam e se adaptam rapidamente.
A obra completa é apresentada em 112 páginas, fragmentadas em 10 capítulos. Entretanto, estes são completamente conectados, sendo possível inclusive a eliminação dessa divisão. Possuindo um posfácio por Christopher Hitchens e dois apêndices, o livro completo contém 147 páginas.
É fascinante como o autor consegue criar uma interação entre o leitor e o livro, despertando-nos às mais diversas emoções e sentimentos por cada um dos personagens.  O ódio ao porco Napoleão,  a pena do bravo Sansão... Ao final, os porcos adquirem características tão humanas que já não se sabe se são porcos ou homens.
Transcendendo barreiras dos fatos históricos, Orwell encontra maneiras de denunciar, mostrando defeitos da raça humana por meio de sutis alfinetadas pela trama, possibilitadas pelos encantos da literatura. Seres oportunistas, manipuladores, antiéticos, hipócritas e mais estúpidos a cada nova geração.
“Haviam nascido muitos animais; para alguns a rebelião não passava de uma obscura tradição transmitida oralmente, e outros nem sequer tinham ouvido falar a respeito. [...] Nenhum mostrou-se capaz de aprender o alfabeto além da letra B. Aceitavam tudo quanto lhes era dito sobre a Revolução e os princípios do Animalismo [...] mas era duvidoso que entendessem lá grande coisa.
A narrativa é uma leitura muito interessante e recomendada à aqueles que gostam de refletir sobre formas de governo, questões sociais e humanas. Recomendo especialmente à aqueles que se interessam ou estudam a Revolução Russa. Apesar da obra não se aprofundar no processo revolucionário, a analogia dos personagens permite melhor entendimento e fixação do conteúdo, de forma leve e envolvente, com uma linguagem de fácil compreensão.   
George Orwell, apesar de ter sofrido diversas retaliações, persistiu com sua obra e deixou um grande legado à humanidade.

sábado, 18 de maio de 2013

O Trigal com Corvos de Van Gogh

A seguir uma breve interpretação da obra "Trigal com Corvos" de Vincent Van Gogh. Busquei sintetizar a essência da obra em poucas palavras. Espero que gostem, deixem seus comentários.



Pintada dois dias antes da morte de seu criador, a obra "Trigal com Corvos" de Van Gogh retrata um límpido campo de trigo em busca de expressar os mistérios e a beleza da natureza. Apresenta um contraste de cores entre o marrom envelhecido da terra, o amarelo desgastado do trigo, as asas negras dos corvos e a escuridão do céu. O artista retrata um ambiente calmo. Não obstante, pode ser considerado tenebroso devido ao espanto dos pássaros com o clarão misterioso no céu. A obra estabelece uma estreita relação com sua morte, expressando os dois lados do fim da vida: o descanso e  a paz; e os mistérios e anseios na chegada da tenebrosa Morte.

terça-feira, 14 de maio de 2013

Parabéns, Mães

O dia das mães já passou. Porém, ainda quero deixar aqui uma mensagem singela e especial à todas as guerreiras do mundo, as mães. Afinal, o dia delas é só um mas elas estão conosco todos os dias, se sacrificando para ver nossa felicidade. Elas merecem ser lembradas e valorizadas a cada momento.

MÃE...
É aquela que briga, mas também aquela que conforta
É aquela que repreende, mas também quem te deixa ir
É a mulher que se cuida, mas que se preocupa e cuida mais ainda de você
É aquela que educa, mas quem mais quer fazer todas as suas vontades
É aquela que se ama, mas que TE ama muito mais, infinitamente e sem moderação
É aquela que se sacrifica a todo momento para te ver feliz
É a pessoa mais importante do mundo, mas para ela essa pessoa é você
É aquela que te deu o melhor presente que pode exisitr... A VIDA.

Que todas as mães possam receber todo o carinho e amor que merecem. E que novas mães possam nascer, tão maravilhosas quanto a minha. Um obrigada especial para minha mãe, a pessoa que eu mais admiro nesse mundo. Aquela que cuidou de mim melhor do que qualquer um, quem me educou e mimou também e quem sempre me deu e dá forcas para enfrentar os problemas, levantar a cabeça e seguir em frente. Minha melhor amiga, conselheira, a melhor mãe do mundo!

Feliz dia das mães (atrasado)!

terça-feira, 7 de maio de 2013

Inteligência Juvenil


Os adolescentes de fato são mais inteligentes longe dos adultos?



A partir da leitura da reportagem de Jerônimo Teixeira publicada na revista Veja do dia 24 de abril, a respeito do romancista americano John Green, é possível afirmar que sim, os adolescentes são mais inteligentes longe dos adultos. Entretanto, a resposta para essa pergunta pode ser díspar de acordo com a situação e o adolescente em questão. Alguns jovens sentem-se intimidados pelos adultos e não demonstram sua inteligência perto deles. Talvez, por receio de estar equivocado ou por pura timidez. Não obstante, há adolescentes que gostam e se sentem à vontade para fazê-lo próximo dos adultos, sendo esses jovens considerados a minoria.
Tendo em foco a maioria dos jovens, aqueles que se acanham quando perto dos adultos, é possível presumir que sua sabedoria é contida e muitas vezes não utilizada de forma correta. Por passarem grande parte de seu tempo navegando na internet, em redes sociais, sem fins de busca ou aperfeiçoamento de conhecimentos, muitos adolescentes não desenvolvem sua inteligência. Não buscam mecanismos para aprimorar suas noções, não leem livros, jornais, revistas, nem se interessam por questões políticas. Todavia, são bastante capazes de compreender questões e linhas de raciocínio dos mais elaborados, se houver vontade e empenho.
Contudo, o interesse por novos conhecimentos encontra-se escasso no cotidiano dos jovens de hoje. Essa curiosidade que falta precisa ser estimulada e apurada para que se concretize em intelecção. É necessário menos atenção à futilidade e mais à cultura.

Bom, leitores, depois de um tempo sem novas postagens, este foi mais um texto para vocês. O tema foi proposto em uma aula de redação em decorrência da leitura da reportagem sobre o escritor John Green, que achei muito interessante. Espero que tenham gostado. Deixem seus comentários.
Para ter acesso à reportagem mencionada, clique aqui.

domingo, 7 de abril de 2013

Pensamento da semana, por Da Vinci

Queridos leitores,
Estou eu aqui novamente me desculpando pela minha ausência. Fiquei um período sem acesso à internet e não pude postar nada aqui no blog. Além disso, continuo muito atarefada. Estou produzindo alguns materiais e publicarei aqui assim que possível. Todavia, hoje decidi deixar para vocês um pensamento do grande estudioso artista Leonardo da Vinci:

"Pouco conhecimento faz com que as pessoas se sintam orgulhosas. Muito conhecimento, que se sintam humildes. É assim que as espigas sem grãos erguem desdenhosamente a cabeça para os Céu, enquanto as cheias as baixam para a terra, sua mãe."

Gostaria de propor aqui uma reflexão pessoal a partir desse pensamento. Que possamos nos auto avaliar em relação à humildade, essa virtude tão importante para o crescimento de um ser humano. Devemos sempre utilizá-la como forma de alcançar o sucesso; almejar o crescimento, porém sem esquecer de nossas origens. O conhecimento atrelado à humildade, compõem a sabedoria.



segunda-feira, 11 de março de 2013

Kafka e a Boneca Viajante

A seguir, a resenha de um livro lindo que eu adorei. Espero que gostem e deixem seus comentários.

Baseando-se em um acontecimento real e peculiar, o autor espanhol Jordi Sierra i Fabra, escreveu a belíssima trama "Kafka e a Boneca Viajante", publicado pela editora Martins Fontes.
O renomado escritor Franz Kafka, um ano antes de sua precoce morte em 1924, vive uma situação inusitada e marcante. Em um de seus rotineiros passeios pelo parque Steglitz em Berlim, Kafka se depara com uma garotinha chorando, desconsolada, angustiada e aflita. Comovido com a situação, decide perguntar a ela o que houve e a garotinha diz que perdeu sua boneca. Kafka, tocado com a dor da menina, se entitula carteiro de bonecas diz que Brígida, a boneca não sumui, mas foi viajar. Assim, Franz escreve diversas cartas assinando como a boneca, narrando suas aventuras pelo mundo e as entrega todos os dias, pontualmente à Elsi, a dona da boneca que vibra a cada nova viagem. Foram 3 semanas dando vida à uma boneca e suas fantasias, 21 cartas escritas, e viagens aos mais maravilhosos lugares do mundo. Kafka se preocupava com os mínimos detalhes: as palavras, a linguagem, colando inclusive, selos usados dos locais visitados por Brígida em cada carta. Foi uma jornada maravilhosa, cheia de lugares incríveis, que envolveu completamente os pensamentos de Kafka. A cada carta que lia a Elsi, se encantava com sua ingenuidade e maturidade, com sua perspicácia e compreensão de cada palavra daquela história envolvente e tão importante na vida da garota. Kafka se envolve na árdua tarefa de recuperar um ser humano, para que Elsi não cresca com aquela tristeza oriunda da perda de sua boneca.
A história narrada no livro é comovente e envolvente, transformando um fato tão simples em uma jornada fascinante. A linguagem apresentada é de fácil compreensão e as ilustrações muito bem elaboradas pelo espanhol Pep Monsterrat. A obra ganhou o "Prêmio Nacional de Literatura Infantil y Juvenil" de 2007, concedido pelo Ministério da Cultura da Espanha. Recomendo à todos os leitores, sendo uma leitura leve, relaxante e cheia de sensibilidade.    

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Mensagem da Semana

Olá leitores,
Gostaria, primeiramente, de desculpar-me pela minha ausência aqui nos últimos dias e pela falta de novas postagens. Minha vida anda tão corrida que estou sem tempo até de respirar rsrs...Mas as coisas estão entrando nos eixos e logo terei mais tempo para postar novos textos. Hoje sobrou um tempinho e eu vim deixar para vocês a frase, ou melhor, a mensagem da semana. A mensagem a seguir é de minha autoria, querendo dar força aos que estão passando por dificuldades.

A vida é repleta de obstáculos, mas Deus pôs pessoas ao nosso lado para nos ajudar a superá-los. Aquelas que nos amam de verdade, estarão sempre conosco, nos melhores e piores momentos, nos ajudando a enxergar novos horizontes e seguir em frente.

Espero que essa pequena mensagem possa confortar alguns corações que estão em apuros.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

CriARTividade

Cores em Cores
Michelle Barros Oliveira
A arte é fruto da imaginação humana, da capacidade de sonhar, desenvolver e criar obras, exclusivamente pertencente à nós, seres humanos. Assim, atualmente aquele capaz de estender sua imaginação é visto como um mágico, capaz de seduzir e emocionar com sua obra.
Muitas vezes, o homem cria em busca da reestruturação de si próprio e do ambiente de uma forma utópica, além de muitas vezes, ter o objetivo de expor crenças comuns para serem articuladas, sendo verdadeiros testemunhos históricos e contribuindo na visão de mundo de muitos.
A criatividade é o ponto de partida para a criação de uma obra de arte, que permite que muitas vezes, meros objetos se tornem obras primas. Assim fez Picasso em sua obra "Cabeça de Touro" utilizando o banco e o guidão de uma velha bicicleta. Contudo, podemos conceituar que mesmo o mais precioso objeto não pode ser considerado uma obra a não ser que haja imaginação e trabalho manual, seja ele qual for, em seu processo criativo. Este, pode se dizer que é composto por uma série de saltos imaginativos e inúmeras tentativas do artista de dar forma à sua imaginação. Esse novo objeto criado, tende a ser visto por uma coisa viva por seu criador. Devido à isso, a criatividade já foi um conceito reservado à Deus, pois somente Ele poderia dar forma á uma ideia.
Cabeça de Touro
Pablo Picasso
A arte faz parte da vida humana desde seus primórdios, onde o homem começou a produzir ferramentas com a finalidade de superar suas limitações físicas, além de produzir objetos sem utilidade imediata, conhecidos como obras de arte. Atualmente, a arte está presente em todos os lugares, inclusive nos vários objetos que utilizamos em nosso dia a dia. Precisamos então aprender a apreciar os mais diversos tipos de arte com que nos deparamos. Necessita-se criar opiniões e gostos próprios a respeito das obras de arte e para isso, refletir sobre a razão e à quem o artista cria é essencial.
O artista não cria apenas para satisfazer seu próprio desejo, mas para que sua obra seja apreciada, sendo muitas vezes a apreciação o motivo principal para criar, pois o processo criativo não finaliza-se enquanto a obra não encontrar um público específico, aquele que ama e respeita a arte.
A partir da frase "A arte é o último estágio da evolução de uma sociedade", podemos analisar que a arte está presente em tudo e influencia uma sociedade em todos os aspectos, seja na educação, na arquitetura e principalmente na cultura de um povo. Acredito que o Brasil ainda é de certa forma bastante leigo e precisa evoluir bastante no quesito Arte. É necessário maior valorização e contato da população com os variados tipos de arte, locais ou estrangeiras. O caminho para encontrar a arte está aberto à todos, podemos assim ampliar nosso conhecimento e com aprendizado, pesquisas e valorização, conseguimos criar opiniões e escolhas individuais a respeito das obras de arte, podendo afirmar que sabemos sobre aquilo que gostamos.

Partindo da leitura de algumas partes do livro "Iniciação à História da Arte" e "História da Arte"de Graça Proença, escrevi estas reflexões sobre o que é a Arte e suas finalidades. Agradeço ao meu professor de Arte Leandro Bessa pela orientação e incentivo. Espero que tenham gostado. Deixem seus comentários!

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Hamlet

"Ser ou não ser, eis a questão"
Esta famosa frase de Shakespeare faz parte do texto da peça teatral do gênio dramaturgo (meu ídolo) William Shakespeare que assisti semana passada. Hamlet.
Com concepção e direção de Ron Daniels, Thiago Lacerda brilha em sua interpretação do protagonista em crise, o atormentado, revoltado, louco e frágil príncipe da Dinamarca.
A trama tem início quando o rei Dinamarquês morre e seu filho não sucede o trono. Eleito pelo congresso, o irmão do falecido rei toma o poder e logo se casa com a viúva. O jovem príncipe, triste com a morte de seu querido pai e indignado com o ríspido casamento da mãe, recebe misteriosas visitas do suposto fantasma de seu pai. Ele afirmava ao filho que fora assassinado por seu próprio irmão que usurpou seu trono e sua esposa e queria que Hamlet vingasse sua morte. Atormentado com os fatos, o príncipe decide fazer a vontade de seu pai e quer vingança. Abalado e angustiado, procura pelo melhor momento de matar seu tio. E assim, típico de suas peças, Shakespeare dá um trágico final a seus personagens, nos mostrando que vingança apenas gera mais vingança e nada mais além da morte.
A atuação de Thiago Lacerda é realmente incomparável. Uma das partes que mais chama atenção é a crise existencial em que entra o protagonista e como Thiago consegue com interpretar de forma tão real. Ele realiza seu papel com muita seriedade, encarando esse grande desafio após um ritual de preparação.
Em meio a tanto aborrecimento e questionamentos, percebemos um pouco de humor, eis que surge uma cena para descontrair, dois coveiros mineiros muitos divertidos, interpretados por Fernando Azambuja e Chico Carvalho que levam a platéia a gargalhar com suas falas e seu jeitão mineiro de ser. 
Os figurinos escolhidos são bem casuais com um detalhe interessante: Hamlet usando All Star.
Ron Daniels adaptou o texto para a realidade brasileira, com uma linguagem mais simples e mais fácil de ser compreendida, além de leves toques de humor e figurinos bem descontraídos, permitindo maior interação do público com os artistas. Porém, sempre de forma fiel ao texto original.
Particularmente, adorei a peça. Porém, é necessário pelo menos um pouco de interesse por parte do espectador pela obra de Shakespeare para que goste do espetáculo, pois é complexo e exige atenção para não perder nenhum detalhe.
Recomendo à todos porque realmente vale a pena conhecer esta maravilhosa obra e conferir de perto a atuação ímpar de Thiago Lacerda e de todo o elenco nesse grandioso espetáculo.

A peça está em cartaz no teatro TUCA em São Paulo.
Às sextas-feiras e sábados às 21h e domingos às 19h.
Clique aqui para mais informações sobre o espetáculo e venda de ingressos.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Frase da Semana

Olá leitores!
Bom, como eu já havia dito há um tempinho, aqui vai uma frase de minha autoria para esta semana.

O que o a vida separa, o destino e o amor unem novamente.

Boa noite e boa semana,
Beijos!

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Apaixonada por Palavras


Quando vi esse livro, me identifiquei imediatamente porque assim como a autora, sou completamente apaixonada por palavras.
Escrito pela autora Paula Pimenta, -autora da série de livros "Fazendo Meu Filme" e  "Minha Vida Fora de Série"- o livro reúne crônicas maravilhosas, onde passamos a conhecer Paula melhor, fazendo parte de seu dia a dia, compartilhando de suas suas experiências, alegrias, tristezas e paixões. 
Cada crônica tem uma essência diferente. Umas cheias de humor, outras que nos fazem derramar muitas lágrimas e aquelas que nos fazem suspirar. Apesar de ter gostado de todas elas, encontrei três que realmente me apaixonei e vou contar um pouquinho sobre estas crônicas aqui. 
"Apaixonada por Palavras", sendo a crônica-título do livro, a autora diz que o que desperta sua curiosidade em uma pessoa é ela saber escrever o que pensa e que garotos que escrevem bem, o que são poucos, têm um charme diferente. Eu concordo plenamente. 
"Minha Coisa Preferida" outra crônica maravilhosa que me me emocionou. Como já disse anteriormente no texto "Minha Mia", Paula fala sobre sua cachorrinha Menina que a ajuda a superar os momentos mais difíceis. Porém, o que fazer quando Menina não está mais por perto e a dor de sua perda precisa ser superada?
"A História do Meu Livro" Nessa crônica, a autora discorre a respeito de como ela começou a escrever seu primeiro livro "Fazendo Meu Filme 1". Ela conta como foi o processo de escrita, a procura por uma editora para publicar o livro, a edição e escolha da capa, a angústia da espera pela publicação e a emoção ao ver seu próprio livro sendo vendido e sua história emocionando leitores.
O livro todo é maravilhoso, foi muito bem editado e tem algumas particularidades que o deixam ainda mais especial, como o fato de algumas frases lindas em cada crônica serem destacadas, nos fazendo refletir um pouco mais sobre cada uma delas. Algumas crônicas são iniciadas por trechos de músicas; todas elas possuem a data de quando foram escritas e no final de cada uma foi colocado um coraçãozinho rosa, o que eu achei muito fofo.
É uma leitura fácil, relaxante e por ser dividido em crônicas, pode-se ler uma delas quando quiser. De fato, um ótimo livro de cabeceira. Recomendo à todos. Garanto que irão se apaixonar pelas palavras.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Minha Mia


Ontem li uma linda crônica do livro “Apaixonada por Palavras” da Paula Pimenta chamada “Minha coisa preferida”. A autora falava sobre sua cachorrinha “Menina”, que a ajudava a vencer todos os obstáculos da vida, alegrando-a sempre. Essa crônica me inspirou e então decidi escrever sobre minha coisa preferida...

Assim como Paula Pimenta, minha cadelinha é minha coisa preferida. Ela é minha companheira de todos os momentos, minha melhor amiga, minha filhinha. Ela faz parte de mim.
Eu sempre gostei muito de cães, desde pequenininha. Porém, meu pai não gostava nada deles, talvez por algum trauma, não sei direito. 
Contrariando o desgosto de meu pai por cachorros e levando em conta meu amor por eles, há quase quatro anos, faltando poucos dias para meu aniversario de 10 anos, em junho, fomos minha avó, minha mãe e eu a um pet shop em busca de uma cadelinha para mim. Ao vê-la, aquela coisinha tão pequenininha, tão fofinha... não teve jeito, me apaixonei por ela. A Mia. O nome já estava escolhido, era a princesa Mia do filme “O Diário da Princesa”, que eu amava e ainda amo. Ela era muito pequena e magrinha, com apenas 3 meses de idade. A vendedora disse que ela era muito frágil e que adoeceria muito fácil. A princípio minha avó e minha mãe não queriam comprá-la, mas eu as convenci. Elas perceberam o brilho em meus olhos e sabiam que a Mia havia nascido para ser minha. Aquela carinha de “cachorro que caiu da mudança” pedindo para que eu a levasse. E foi isso que fizemos: compramos, pegamos todas as recomendações e a levamos para casa.  Foi o melhor presente de aniversário que eu já ganhei. Ah, vale lembrar que meu pai estava viajando nesse dia (hehe). Arrumamos todo o cantinho da Mia na área de serviço e esperamos até que meu pai chegasse no dia seguinte. Ao chegar, acho que ele ficou um pouco assustado, ficou um pouco distante. Porem, em poucos dias a Mia o conquistou e hoje ele também é completamente apaixonado por ela. É só ela fazer uma carinha de “pidona” que ele dá tudo que ela quer!
Acho que os cães tem algum sentido que os faz perceber que precisa dele naquele momento, um instinto de proteção. Sempre que alguém na casa está triste ou doente, lá vai a Mia com aquela carinha, andando com aquele rebolado de sempre para nos alegrar e confortar. Ela ama carinho e vive disso. Acredito que ela é capaz de ficar dias sem comer, apenas recebendo carinho. Fica o dia inteiro no colo de alguém ou debaixo do sofá, dormindo. Sempre que minha mãe está em casa, ela chega arranhando as pernas dela para pedir colo. Mas assim que chegam pessoas conhecidas, ela está pronta para fazer seu trabalho de alegrar a todos, vai correndo e é aquela festa. 
Nem todos da minha (grande) família gostam da Mia (não sei por que), mas posso garantir que ela já conquistou muitos e que ainda conquistará, com sua doçura, carinho, amor e charme. Ela apenas quer respeito, amor e carinho, sem nada em troca. Não liga para bens materiais e está sempre querendo alegrar as pessoas, sem guardar magoas nem ressentimentos. Os cães são assim, sempre dispostos a nos fazer companhia e tornar nossa vida mais leve. Porém, as carinhas, as andadas rebolando, seu rabinho peludo, os incansáveis pedidos por petiscos, suas latidinhas, lambidinhas, barriguinha rosa, seus laçinhos (que param em todos os lugares, menos na cabeça), suas corridas atrás do rabo, seus cochilos em minha cama, espreguiçadas ao acordar, as arranhadas para pedir colo e o amor incondicional que ela nos dá a tornam especial. Única. A tornam Mia. Minha princesa Mia.