domingo, 8 de maio de 2016

Dia das mães no parque


   Era uma tarde de domingo quando saí com minha mãe, meu avô e minhas cadelinhas para dar uma volta no parque. O passeio acabou sendo tão inspirador que resolvi escrever uma crônica.
   Estava um lindo dia e a atmosfera do parque era leve. Tantas famílias se divertindo, andando de pedalinho no lago, mães fazendo piquenique com seus filhos, cachorrinhos com seus donos, pessoas vendendo pipoca, picolé, churros e água de côco, crianças brincando de bola... Após andarmos um pouco, meu avô, que não gosta muito de andar, quis logo se sentar no primeiro banco disponível que viu. Nos sentamos e ficamos observando as pessoas ao redor enquanto comíamos as uvas que havíamos levado.
   Ao olhar a paisagem e as pessoas ao meu redor, percebi quanta felicidade havia naquele lugar. Eram pessoas das mais diversas classes sociais em um mesmo ambiente, cada uma fazendo algo diferente, mas todas felizes. Enquanto havia famílias passeando, havia outras trabalhando. No entanto, não pude observar alguma feição de desprazer ou amargura pelo que estavam fazendo. Era um lugar democrático onde havia união e paz entre todos, sejam aqueles em momento de lazer ou de obrigação.
   Apesar do clima de tranquilidade no local, não pude deixar de notar uma viatura da polícia militar estacionada no meio do parque. Não tenho certeza se toda aquela paz seria possível caso os guardas não estivesse lá. Infelizmente, o parque, que deveria ser um lugar ameno de lazer para todos, está cada dia mais violento, com assaltos ocorrendo frequentemente. É bastante lamentável a atual situação da sociedade goiana, que precisa da presença da polícia para que os cidadãos possam ter tranquilidade em um parque público.
   Após cerca de meia hora, resolvemos fazer o caminho de volta para casa. Paramos para tomar água de côco no caminho e me vi em uma situação que me deu esperança na humanidade. Ao pagar pelos cocos, não notei que faltava um real de troco. No entanto, assim que percebeu, a dona da barraquinha me devolveu o dinheiro que faltava. Apesar de ser uma situação teoricamente normal, chamou minha atenção pela honestidade da mulher, algo que infelizmente não vemos todos os dias. Aquele um real poderia passar desapercebido por mim e ela lucraria um pouco mais, mas ela me devolveu, pois simplesmente sabe que não é correto roubar. Sim, por menor que seja o valor, é um roubo, mas que muitos o comentem como se fosse a coisa mais normal do mundo.
   Em contraposição à toda a violência na sociedade brasileira, especialmente em Goiânia, existem pessoas do bem que trabalham com dignidade para conquistar seus bens e crescer na vida. Pessoas assim me dão a esperança de que algum dia teremos uma sociedade melhor, mais unida, honesta e harmoniosa. As políticas governamentais de educação são essenciais. Porém, devo destacar a educação que vem de casa, aquela dada pelos pais, que independe da classe social ou da condição financeira, mas que determina o tipo de cidadão que a criança se tornará no futuro.
   Aproveito o dia de hoje para parabenizar à todas as mães pelo papel essencial que exercem na vida de seus filhos. Elas abrem mão de tantas coisas e sonhos, pois seu maior sonho passa a ser ver seus filhos crescerem e e terem um futuro brilhante. São tantas noites de sono perdidas e tantos sacrifícios que fazem por nós que elas merecem todo o respeito e amor do mundo. O carinho, amor, dedicação e  educação dados por nossas mães determinam quem somos e, por isso, sou eternamente grata pela mãe extraordinária que tenho. Obrigada, mãe, por tudo que já fez e vem fazendo por mim. Amo você incondicionalmente. Feliz dia das mães!

terça-feira, 22 de março de 2016

Um celular sólido e relações líquidas

 
 Desde a Primeira Revolução Industrial, o mundo vivencia grande desenvolvimento tecnológico. Atualmente, rumo à Quarta Revolução, o ritmo dos avanços é ainda mais frenético. Uma das mais consagradas invenções é o telefone celular, que, com sua multifuncionalidade, tornou-se essencial na vida de muitos. No entanto, além da praticidade e outros inúmeros benefícios, o uso abusivo dos celulares traz também graves consequências de dimensões tanto individuais quanto coletivas.
     Assim como na obra 1984, de George Orwell, em que a teletela controla o cotidiano da população, sendo impossível desligá-la ou desvincular-se dela, os aparelhos celulares também têm feito vários "reféns". Grande parte da população tornou-se totalmente dependente do dispositivo e, portanto, se sente angustiada quando se vê sem um aparelho de comunicação móvel. Tal dependência é denominada Nomofobia (nomo, vem de 'no mobile', que significa em português, sem aparelho de comunicação móvel) e atinge muitas pessoas que nem mesmo estão cientes da existência dessa nova fobia.
"Eu gosto de estar com pessoas que me fazem
esquecer de olhar para meu celular"
     A submissão aos celulares talvez se dê pelo medo da solidão. Entretanto, essa é uma relação bastante contraditória, uma vez que o uso excessivo desses aparelhos tem trazido ainda mais isolamento. Os relacionamentos estão cada vez mais frios e voláteis e muitas vezes ocorrem apenas no plano virtual. O filósofo Zygmunt Bauman defende em sua obra "Amor Líquido" a ideia de que as pessoas estão sendo tratadas como bens de consumo, assim, caso haja defeito, descarta-se ou troca-se por uma versão mais atualizada. Dessa forma, as relações com os celulares tornam-se mais sólidas e as relações entre as pessoas cada vez mais líquidas, prevalecendo o individualismo.
     O aparelho celular traz diversos benefícios e praticidade ao cotidiano das pessoas, além de facilitar a comunicação entre as diversas partes do mundo. Porém é preciso ter cuidado para que seu abuso não prejudique as relações sociais. Nos melhores e piores momentos não são os celulares ou as relações virtuais que criamos por meio deles que vão vibrar com nossas alegrias ou oferecer-nos o ombro para chorar nas horas tristes, mas sim as pessoas "em carne e osso" que estão ao nosso redor. Há momentos únicos que só os amigos ou a família podem nos proporcionar e nenhum aparelho celular pode substituir.


domingo, 20 de março de 2016

Dia Internacional da Felicidade


     Poucos sabem que hoje, 20 de março, é o Dia Internacional da Felicidade. A data foi instituída em 2012 pela Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) com o objetivo de promover reflexões sobre a importância de ser feliz para o convívio pacífico entre os povos no mundo.
     A inspiração para a criação da data foi a iniciativa do Butão, que desde 1972 adota como estatística oficial o FIB (Felicidade Interna Bruta) ao invés do PIB (Produto Interno Bruto). O país acredita que a qualidade de vida da população transcende os aspectos econômicos e, portanto, realiza análises culturais, psicológicas, ambientais e espirituais para avaliar o desenvolvimento da nação.
     Nesse sentido, resolvi aproveitar a data para refletir sobre a felicidade, esse estado de espírito tão almejado por todos. Fazendo um flashback de um texto sobre a Felicidade que escrevi em 2012, vou relembrar algumas coisas que disse então, mas que ainda são completamente verdadeiras para mim.
     É importante lembrar que a felicidade pode estar não somente em momentos grandiosos, mas também nas situações mais simples. Uma conversa entre amigos, um almoço de família, assistir a um filme debaixo das cobertas comendo pipoca... Cada um sabe os passos para ter pequenos momentos de felicidade, que nos ajudam a lidar com as tensões do cotidiano. Esses momentos fazem com que possamos levar a vida mais leve e são essenciais para nosso bem estar.
     Além disso, devo acrescentar que a felicidade está intimamente ligada ao coletivo. Estar próximo de pessoas que amamos, mesmo que não fisicamente, é fundamental para nos sentirmos felizes. Nesse sentido, posso dizer que a felicidade é contagiante, pois quando estamos felizes, muitas vezes deixamos alegres as pessoas a nossa volta. Portanto, a vida em comunidade está bastante associada à felicidade e assim, a manutenção de relacionamentos saudáveis contribui para a felicidade. 

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Intercâmbio cultural: uma experiência inesquecível

Queridos leitores, peço desculpas pelo longo período que passei sem postar. Hoje vou escrever sobre uma experiencia inesquecível, porem não muito recente. No entanto, as lembranças ainda estão bastante vivas em minha memória e tentarei expressá-las aqui da melhor maneira possível. 


     Em julho de 2015, embarquei rumo à Inglaterra em uma das viagens mais marcantes da minha vida. Fomos minha prima Nicole e eu encarar essa aventura de fazer nossa primeira viagem internacional sozinhas. Não tem como negar que nossos pais ficaram "com o coração na mão" até chegarmos ao nosso destino e avisá-los que estávamos a salvo, mas temos que admitir que tiramos de letra hahaha.
     Após encontrarmos o pessoal da escola que nos aguardava no aeroporto, pegamos um ônibus rumo à Downside School, o colégio onde moraríamos por um mês, que fica em uma cidade chamada Bath. Jamais pensei que sentiria mais calor na Inglaterra do que no litoral brasileiro, mas nunca passei tanto calor quanto naquele ônibus sem ar condicionado e ainda vestindo roupas quentes (por causa do frio do avião). Deixando o calor de lado, conhecemos alguns colegas no caminho para a escola. Macar, um garotinho de 12 anos que coleciona moedas e tem um sotaque muito fofinho; e a Lana, uma menina russa bastante simpática. As outras pessoas do ônibus não foram tão simpáticas assim, mas nos conhecemos melhor ao longo do mês.
     Chegamos à escola e ficamos encantadas com a arquitetura do prédio, que se parece muito com Hogwarts dos filmes do Harry Potter. Escolhemos a escola justamente por causa disso, mas a sensação de estar lá dentro é incrível e realmente me senti dentro de um filme. Após deixarmos as bagagens nos quartos, conhecemos algumas meninas no nosso dormitório. Kornelija e Ruta da Lituânia e Marina, brasileira, se apresentaram e imediatamente ficamos amigas. Mal sabíamos que elas se tornariam nossas melhores amigas e pessoas tão especiais para nós. Logo nos chamaram para o "Supper". Era 18h então pensei que seria um lanche da tarde, porém serviram uma comida esquisita e apimentada que não se parecia nada com lanche. Comemos só um pouquinho esperando pelo jantar mais tarde, porém descobrimos que aquela era a única refeição que teríamos até o dia seguinte. Depois de varias tentativas fracassadas de arranjar comida ou pelo menos leite, tivemos que dormir e esperar pelo café da manhã.
      Devo dizer que não comemos muito bem durante essas quatro semanas. Basicamente vivemos de cookies que comprávamos na lanchonete, feijão com ketchup,  batata frita de saquinho e Fish & Chips às sextas-feiras. Ah, e salada, que ficava até gostosa com o molho, inclusive melhor que a pizza que nos serviam. O café da manhã era a refeição mais normal, então aproveitávamos para comer bastante, pois não sabíamos que tipo de gororoba nos esperava mais tarde.
     No dia seguinte, fizemos um teste de nível e fomos designados para nossas turmas. Fiquei em uma ótima turma e adorei meus colegas de classe e meus professores. Lembro bem do nosso professor Adam falando "You can give yourselves a pat on the back because you are in the advanced group!" (Vocês podem dar um tapinha nas costas de vocês porque estão na turma avançada!). Ele é o típico britânico alternativo. Nasceu em Liverpool, toca violão, tem um cabelo comprido e anda descalço para todo lado, inclusive na sala de aula. Tinhamos também o Mitesh, nosso professor com cara de indiano, muito divertido. As aulas dele pareciam mais stand up comedy e saíamos de lá com a barriga doendo de tanto rir. Os professores eram trocados toda semana e infelizmente tivemos somente uma semana de aula com Mitesh. Mas tivemos também ótimos professores que entraram depois.
      Os colegas de classe eram de diversas nacionalidades e a cada semana chegavam novas pessoas e saiam outras. Alguns deles se tornaram meus melhores amigos e nos falamos bastante até hoje. Criamos o Mafia Group, que demos esse nome por causa do Luigi que mora na Sicilia, conhecida pela mafia italiana e também porque gastávamos de jogar Mafia (um jogo mais conhecido como Killer ou Detetive aqui no Brasil) todos os dias. Os componentes da Mafia eram eu, Nicole; Sandra, nossa amiga polonesa que tem alergia a praticamente tudo; Luigi, o Godfather da Mafia; Pou, o cara da monosselha iraniano mais engraçado do planeta; Marina, a brasileira que o Pou adorava irritar; Claudia, nossa irmãzona italiana e Julia, outra polonesa fashion que se juntou ao grupo. Tinhamos até um ponto de encontro no gramado conhecido como Mafia Meeting Point, onde nos encontrávamos todos os dias para ficarmos deitados na grama conversando e ouvindo música. A Mafia não era exatamente uma "sociedade secreta",  tinhamos outros amigos de vários lugares e foi ótimo poder ter contato com tantas culturas diferentes. Nick, Malika, Emma, Fedor, Guillaume, Jacobo, Margherita... Conheci tantas pessoas legais e gostaria de falar de cada uma delas aqui, mas se fizer isso vou passar uns dois dias escrevendo. 
     O Mafia Group foi "oficialmente formado" apenas nas duas últimas semanas. Nas duas primeiras, passamos a maior parte do tempo com as International Besties. Kornelija, Ruta, Marina, Chiara (a italiana mais alto astral), Nicole e eu éramos como as personagens daquele filme Quatro Amigas e um Jeans Viajante, só que no caso éramos seis. Até compramos pulseiras e selamos nosso pacto de amizade com cookies e chocolate quente. As amizades que fiz são muito fortes e especiais. Alguns amigos foram embora antes de nós e foi só a choradeira. Porém as despedidas sofridas fizeram parte da experiência e me ajudaram a me tornar mais forte para enfrentar situações como essa. Graças ao Sir Timothy John Berners-Lee, que inventou a internet e todos os outros criadores de redes sociais (muito obrigada aí, galera), ainda posso manter contato com as pessoas incríveis que conheci.
     Foram tantos acontecimentos durante esse mês, tantos lugares diferentes, culturas, conhecimento e até aulas e passeios chatos, mas que ficaram guardados em minha memória como momentos maravilhosos por causa das pessoas especiais que estavam ao meu lado. Sou muito grata por ter conhecido tantos amigos incríveis e por ter vivido tempos inesquecíveis ao lado deles. Lembrando que tudo isso só foi possível devido à lingua inglesa, que possibilitou nossa comunicação, então valeu aí Inglês!
      O valor de um intercâmbio cultural é imensurável. Muito além do conhecimento linguístico adquirido durante a viagem, a convivência com pessoas de diversas nacionalidades, que têm costumes e pensamentos diferentes é o bem mais valioso trouxe para casa. É uma experiência que abre a mente e sem dúvida voltei como uma nova pessoa, mais madura, independente, mais aberta a novas ideias e com uma enorme bagagem cultural. Acredito que seja uma experiência pela qual todos deveriam passar, então se alguém tiver a oportunidade, não a deixe escapar pois garanto que não irá se arrepender.
     O mês que passei em Bath, UK foi repleto de acontecimentos e emoções. Porém, são tantos que não conseguirei escrever tudo aqui. No entanto, tenho um diário de viagem no qual escrevi tudo que se passou durante a viagem e quem sabe eu possa compartilhar outros momentos aqui com vocês algum dia. Espero que tenham gostado e não se esqueçam de deixar seus comentários. :) 


Note to foreign friends

     As the translation tool doesn't work very well, I've decided to write a bit in English so that my beloved friends can understand it properly.

     Well, I want to say that this experience was amazing, unique and unforgettable due to the people I met. It wouldn't be the same without you guys and everything that we lived and learned together. We've learned how to respect and deal with different cultures, besides enjoying each other's company. You made lying on the grass so fun and special and visiting boring attractions in a cave even interesting. Projects were more pleasant to do and shopping was a lot more delightful with you. I want to thank you for the memorable moments. I also want to thank fate for putting you guys in my life. I'm so glad I met you and I hope our friendship strengthens through the years.
     I'm looking forward to see you guys again, but until it happens, at least we have Skype in our favor.
                                                                                 With love,
                                                                                                  Michelle

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Pensar é Preciso


Estava olhando o feed do Facebook quando vi a manchete de uma postagem do jornal Estadão. Falava sobre "depressão pós-férias" e como eu havia chegado de viagem recentemente, mesmo que de uma viagem curta, me identifiquei bastante com o artigo. Realmente, achamos que uma viagem é capaz de resolver nossos problemas e que tudo estará bem quando voltarmos. Na verdade, ela é uma fuga da realidade e por isso é tão incrível. Quando voltamos para casa, aquele desânimo para voltar à rotina e ter que enfrentar tudo nos atinge. Certamente, voltar para casa pode ser difícil.
Mas o que mais me chamou a atenção nesse post foram os comentários. Li um comentário que me instigou e eu tive que responder. Nunca havia respondido um comentário no Facebook antes, acho que nunca tinha dado atenção aos comentários em si. Mas dessa vez não pude me conter. 
A mulher disse: "Viagem é para se divertir, relaxar. Gente, vamos parar com essa mania de querer filosofar sobre tudo". Parece um simples comentário, mas quer dizer muito se analisarmos mais profundamente. Fiquei impressionada também com a quantidade de pessoas que responderam concordando com ela, e isso me preocupou.
Filosofar é pensar sobre fatos e acontecimentos da vida e do cotidiano e isso é necessário para nosso crescimento como seres humanos. Filosofar é estar atento aos detalhes, pensar, refletir e questionar para que possamos abrir nossas mentes para novas ideias e pontos de vista diferentes. Sem isso, teremos mentes fechadas e medíocres para sempre. 
Acredito que esse comentário deixou evidente a quantidade de pessoas "não pensantes" e alienadas que vem sendo criada no país, onde pensar é algo complicado demais, que requer muito trabalho e gera preguiça. Criou-se uma sociedade em que aqueles que refletem sobre os fatos e ações são considerados cafonas e anormais. Talvez, escrevendo sobre isso, eu possa mostrar às pessoas a grande importância de observar melhor nosso cotidiano, as pessoas à nossa volta e nossas ações e o quanto é fundamental refletir sobre tudo isso para nos tornarmos cidadãos melhores. 
Em suma, filosofar é isso que acabei de fazer: pegar um simples acontecimento como um comentário no Facebook e refletir sobre ele de forma a trazer benefícios. Precisamos de mais pessoas pensantes e filosóficas no mundo, afinal, como diz o ator e diretor de teatro Marcos Fayad, "pensar não dói". 

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Somos todos iguais

O texto a seguir produzi para o concurso 10º Prêmio Construindo a Igualdade de Gênero cujo tema era "A igualdade é uma conquista que deixa o Brasil melhor". Tive como inspiração para produzir este texto o belo discurso feito por Emma Watson na ONU no lançamento da campanha #HeForShe em prol da igualdade de gênero. Para assistirem ao discurso inspirador clique aqui. Espero que gostem.








Feminino e masculino são gêneros opostos e, desde os primórdios da humanidade, exercem diferentes funções na sociedade, determinadas naturalmente devido às suas características biológicas. porém, essa diferença de papéis não indica que haja superioridade de um dos gêneros, uma vez que cada um exerce funções fundamentais que se complementam. Desse modo, homens e mulheres de qualquer raça, cor, etnia ou classe social têm direito à igualdade social, o que ainda não foi plenamente alcançado no Brasil.
No decorrer da história do Brasil, foi estabelecida pela sociedade uma posição de superioridade do homem em relação à mulher. Entretanto, nada deve impedir que as mulheres ocupem altas posições sociais. Portanto, elas vêm, paulatinamente, conquistando seu devido local na sociedade brasileira. A partir da década de 70, iniciou-se um processo de maior inserção feminina no mercado de trabalho brasileiro e, consequentemente, na vida social. Até mesmo em aldeias indígenas as mulheres estão vencendo o preconceito e ocupando cargos de importância, como é o caso de Rucharlo Yawanawá - abordado no jornal O Globo de 19 de outubro de 2014 - a primeira mulher pajé de seu povo.
Apesar da maior participação feminina na sociedade, o preconceito ainda é uma barreira para a ascensão feminina, uma vez que diversas mulheres são vítimas de discriminação por sua raça ou classe social. Muitas encontram dificuldade em arrumar emprego ou são desrespeitadas no ambiente de trabalho. Além disso, há desigualdade salarial e segregação ocupacional, havendo assim um baixo número de mulheres em cargos de chefia.
O Brasil já deu um grande passo em direção à igualdade de gênero quando elegeu a primeira mulher como presidente da república. Porém, ainda há um longo caminho a ser percorrido para que haja reconhecimento das mulheres no local de trabalho e na vida pública. A verdadeira igualdade consiste em tratar desigualmente os desiguais na medida de sua desigualdade. Portanto, por serem mais vulneráveis, as mulheres necessitam de maior proteção. Dessa forma, seriam válidas ações do ministério do trabalho para fiscalizar as condições de trabalho e equidade salarial das mulheres nas empresas.
Além disso, é fundamental quebrar barreiras históricas e culturais para maior inserção social feminina. Isso poderia ser realizado através de programas e palestras de conscientização promovidas pelo governo ou por ONGs, em que o respeito ao próximo seja colocado como valor indispensável. É essencial que as diferenças sejam deixadas de lado e que todos se unam para construir um país mais justo e democrático onde haja melhor convivência social.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Um Sonho de País

O texto a seguir escrevi baseado na proposta "Qual é o Brasil que queremos para o século XXI?". Resolvi postá-lo hoje pois estamos próximos à eleição presidencial, portanto acho bastante conveniente abordar o assunto. Espero que gostem, deixem seus comentários. 


Pessoas assassinadas nas ruas, escolas e universidades sem aulas, doentes morrendo em portas de hospital, ônibus incendiados, engarrafamentos, poluição. Infelizmente, esse e o Brasil que temos, mas não é o Brasil que queremos. É visível que os altíssimos impostos pagos pela população não estão sendo devidamente aplicados na construção de um país melhor. Para que se alcance um país desenvolvido, uma série de reformas são requeridas.
O sistema público de educação necessita de intensos investimentos em infraestrutura, a fim de proporcionar aos estudantes um ambiente agradável de aprendizagem. Além disso, a contratação de profissionais qualificados é essencial para que haja um bom ensino e, para isso, é preciso aumentar seus salários. Com boa infraestrutura e bons professores, os estudantes terão mais prazer em frequentar as escolas e universidades, aumentando o número de pessoas escolarizadas e graduadas que são, consequentemente, mais esclarecidas e cultas.
São requeridas também melhorias no sistema de saúde pública. Apesar da implementação do programa Mais Médicos, alguns dos profissionais cubanos ainda não finalizaram sua graduação e, muitas vezes, não encontram as condições adequadas para trabalhar nos hospitais. A falta de certos equipamentos e salas leva à morte de muitos pacientes à espera de atendimento. Dessa forma, assim como no sistema público de educação, investimentos na infraestrutura e na contratação de profissionais mais qualificados são necessários para oferecer à população um sistema de saúde de qualidade.
Melhorias na segurança pública são também essenciais. Para isso, deve haver maior policiamento nas ruas para prender criminosos em flagrante e proteger a população. Além de uma profunda reforma legislativa que aumente a pena para certos crimes e ainda impeça a redução de pena. Com isso, melhorias no sistema carcerário, construindo mais presídios e reforçando sua segurança são fundamentais. Assim, a população poderá andar pelas ruas e utilizar o transporte público tranquilamente, diminuindo inclusive o fluxo de carros nas vias, os engarrafamentos e a poluição.
O Brasil que queremos não é inatingível. Porém é necessário começarmos a mudar imediatamente para que a longo prazo, possamos viver em um país melhor. A mudança começa por nós, que devemos eleger pessoas dignas e qualificadas como nossos representantes. Estes, uma vez eleitos, devem honrar a confiança dada a eles pelo povo e exercer com honestidade seu papel político de governar para toda a sociedade em busca do bem comum.
Como todos sabem, o atual governo não exerceu bem seu papel de governar para todos. Desvios de dinheiro, desonestidade, altíssimos gastos com a Copa do Mundo, crescimento da inflação... Alguns afirmam que o governo criou excelentes programas sociais, porém devemos analisar a eficiência desses programas a partir do número de pessoas que deixam de depender deles, ou seja, que conseguiram melhorar sua condição de vida com a ajuda do governo, mas se tornaram independentes financeiramente. Foram criados inúmeros programas sociais que auxiliam as pessoas, mas não vimos ninguém se tornando independente deles. Dessa forma, o governo contribui para a criação de uma sociedade acomodada, que não quer se esforçar e batalhar para subir na vida pois já recebe o auxílio financeiro necessário.
Portanto, pense bem antes de votar. Precisamos escolher um governante que mudará o país, pois é evidente que o Brasil que temos hoje não é o que queremos. Não devemos nos esquecer de todas aquelas manifestações nas ruas que reivindicavam um país melhor. Temos o poder de transformação em nossas mãos, então vamos mostrar nossa força e votar no presidente que trará mudanças. Pode ser que ele ainda não consiga transformar o país no Brasil que queremos, mas começará a trilhar o caminho para que um dia alcancemos o Brasil dos sonhos. 

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Seja uma Rapunzel Solidária! Doe cabelo, doe alegria!

Uma das principais consequências do tratamento de quimioterapia em pessoas que lutam para vencer o câncer é a queda de cabelo. Muitas pessoas optam por rapá-lo na tentativa de amenizar o sofrimento da queda. Mas todos sabemos que cortar o cabelo é algo que mexe com qualquer pessoa, principalmente com as mulheres. Agora imagine quem precisa rapá-lo durante o tratamento. A perda de cabelos afeta a identidade das pessoas e isso acaba sendo um fator que dificulta o tratamento da doença, que já é bastante agressivo. Dessa forma, surgiu uma onda de campanhas de doação de cabelos para a confecção de perucas para os pacientes com câncer, especialmente mulheres, que visam melhorar sua auto estima e consequentemente fazer com que o tratamento seja mais eficiente e menos sofrido.
Faça parte desta onda de boa ação e doe um pouco do seu cabelo para quem precisa! Procure locais que recebem as doações em sua cidade. Em Goiânia, você pode fazer sua doação no Cebrom; Clique aqui para mais informações. Se preferir, faça uma doação para a ONG Cabelegria. Eles recebem doações de qualquer lugar do Brasil. Basta cortar no mínimo 15cm de cabelo de qualquer tipo, com tintura ou não, e enviar pelo correio para o endereço indicado no site. Você também pode doar para a ONG Rapunzel Solidária, que assim como o Cabelegria, recebe doações pelo correio de todos os tipos de cabelo. Existem outras campanhas de doação de cabelo, apenas certifique-se de que as doações são realmente para ajudar pessoas com câncer antes de fazer sua doação.
Seja uma Rapunzel Solidária e traga Cabelegria à quem luta contra o câncer!
Eu decidi doar e mudar o visual para fazer o bem! Já fiz minha parte, faça você também!!

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Estrelas Culpadas

Já faz um bom tempo que li a "A Culpa é das Estrelas", mais ainda não tinha conseguido encontrar as palavras certas para resenhá-lo. Após assistir a adaptação do livro para o cinema, me inspirei e resolvi escrever , mas para ser sincera, ainda não sei se encontrei palavras que possam descrever um livro tão forte e tocante como esse.


  John Green, norte-americano nascido em Indianópolis, Indiana, é um dos escritores mais queridos pelo público jovem. "A Culpa é das Estrelas", publicado pela editora Intríseca, é um de seus romances de maior sucesso festejado pela crítica. Considerado "o melhor e mais ambicioso romance de Green até agora"pelo Booklist, uma publicação americana que fornece críticas de livros e outros materiais audiovisuais, o livro é encantador e emocionante.
  Em uma narrativa melancólica com certos toques de humor, o autor aborda a história de Hazel Grace, uma garota de dezesseis anos, que adora ler e vive com os pais em Indianópolis. Aos treze anos de idade, foi diagnosticada com um câncer na tireóide, que posteriormente atingiu seus pulmões. Ela se vê obrigada a conviver com essa doença que extorquiu as coisas mais importantes de sua vida: a saúde e vitalidade, os amigos e a escola.
  Hazel começa, a pedido de sua mãe, a frequentar o Grupo de Apoio a Crianças com Câncer, onde conhece Augustus Waters, o garoto que fez seu coração bater em um novo ritmo e mudou sua vida por completo. Augustus tem dezessete anos, foi diagnosticado com um câncer do tipo ósseo há algum tempo, é amputado de uma perna e definitivamente não tem medo de correr atrás da felicidade. A amizade entre os jovens se fortalece e a paixão torna-se inevitável. Apesar da resistência de Hazel aos seus sentimentos temendo machucar Augustus, ambos superam todas as limitações que a doença lhes impõe para viver intensamente cada momento que passam juntos.
  A história de Hazel Grace contada no livro foi inspirada na jovem Esther Grace que o escritor conheceu através de um canal no Youtube em que ela relata sua batalha diária contra o câncer. Além disso, o autor realizou uma elaborada pesquisa médica na área, o que tornou a história ainda mais real, apesar da presença de alguns dados fictícios.
  Além da bela história de amor sincero que deu sentido à vida de jovens tão precocemente atingidos por uma doença tão devastadora, o livro traz à tona a destruição que o câncer provoca na vida das pessoas. Famílias  abaladas, relações interrompidas, além do preconceito e a solidão que sofrem os portadores da doença. A obra ainda carrega uma mensagem de valorização da vida, uma vez que a luta dos jovens contra a morte provoca no leitor uma reflexão sobre a transitoriedade, fragilidade e preciosidade da vida.
  O livro apresenta uma linguagem de fácil compreensão e um enredo envolvente que arranca tanto sorrisos quanto lágrimas dos leitores. A intensa jornada dos personagens encanta a todos que gostam de uma emocionante história de amor e com certeza requer várias caixas de lenços para enfrentá-la. "Um misto de melancolia, doçura, filosofia e diversão. Green nos mostra o amor verdadeiro... Muito mais romântico que qualquer pôr do sol à beira da praia", afirma o The New York Times.

A adaptação da obra para o cinema ainda está em cartaz nos cinemas de algumas cidades, mas acredito que logo estará disponível nas locadoras. O filme é realmente muito bom, seguindo bastante a narração do livro. Toda a produção foi acompanhada por John Green e eu com certeza recomendo, mas ainda prefiro o livro, pois contém mais detalhes e deixa fluir a imaginação. Ah, mas estejam preparados, munidos com caixas e caixas de lenços, tanto para o livro quanto para o filme e deixem a emoção tomar conta!

domingo, 4 de maio de 2014

Pensamento da semana

Olá leitores,
Já faz um tempo que não posto o pensamento da semana, mas hoje encontrei esse trecho de um livro que estou lendo e resolvi postar aqui para vocês. Espero que gostem.

"Se nunca ficássemos doentes, não saberíamos o que significa a saúde. Se nunca tivéssemos fome, não experimentaríamos a agradável sensação de saciá-la depois de uma refeição. Se nunca houvesse guerras, não saberíamos o valor da paz, e se nunca houvesse inverno, não poderíamos assistir a chegada da primavera. Tanto o bem quanto o mal são necessários ao todo."  
Jostein Gaarder (O Mundo de Sofia)

domingo, 30 de março de 2014

Concurso Internacional de Redação de Cartas

O texto a seguir, escrevi para o 43º Concurso Internacional de Redação de Cartas. Porém, o professor escolheu apenas 2 textos da escola para enviar para o concurso e infelizmente o meu não foi escolhido. Mas acho que valeu a pena meu esforço, pois gostei muito do tema e do processo de desenvolvimento da redação e acredito que consegui produzir uma boa carta. O tema era: "Escreva uma carta para dizer de que forma a música influencia a vida". Espero que gostem.



  Meus queridos netos e bisnetos,

  Escrevo-lhes esta carta com muito amor e carinho e gostaria que lessem também com carinho. Deixo aqui uma mensagem para guardarem em seus corações para sempre.
  Irei lhes falar sobre uma velha e grande amiga que me acompanhou durante esses meus 70 anos: a Música. Desde criança, sempre adorei ouvir música e tinha o sonho de aprender a tocar piano. Aos oito anos de idade, minha mãe finalmente me matriculou em uma escola de música. Ainda lembro, como se fosse ontem, da minha primeira aula de piano, um dos momentos mais felizes de minha vida. Eu iria finalmente aprender a reproduzir as músicas que eu quisesse. Elas estariam sempre comigo e eu poderia ouvi-las a qualquer hora. Tocando mínimas, semínimas e colcheias tudo ficava mais divertido e o mundo à minha volta ficava mais bonito ao som das notas musicais. tudo era apenas uma brincadeira e foi crescendo, crescendo, me absorvendo e de repente eu me vi assim, completamente dependente da música. Ela se tornou minha melhor amiga, uma parte de mim que eu não conseguia mais viver sem.
  Como minha melhor amiga, ela sempre esteve presente, seja no vinil, no rádio ou no piano, eu sabia que podia procurá-la a qualquer momento, seja com ou ruim. Nos momentos de tristeza, eu tomo uma coca cola e uma canção me consola, levando-me para outro mundo em que esqueço de todo o resto e me perco na melodia. Nas alegrias, as notas ecoam pelo ar  e contagiam o ambiente de felicidade. Na saudade, escuto aquela música que faz lembrar a pessoa amada e sinto que ela está ao meu lado ouvindo também a sequência de notas e acordes.
  Para mim, as música guardam lembranças tão bem quanto as fotografias. Ao ouvir uma música que traz recordações de minha vida, sou transportada para o passado e revivo aquele momento, vivendo-o  com outros olhos. É uma sensação maravilhosa que eu quero muito que vocês também possam sentir um dia.
  Além de me ajudar a qualquer momento, minha queria amiga Música é um analgésico natural. Em momentos de dor, ela é mais eficaz do que qualquer remédio. Foi uma grande aliada no meu tratamento contra o câncer, me acalmando após as sessões de quimioterapia. Meu médico ainda me recomendou escutar a Quinta Sinfonia de Beethoven, todos os dias, pois poderia ajudar a reduzir as células tumorais. É uma obra belíssima composta por quatro movimentos fascinantes, sendo este o remédio que eu mais tinha prazer em tomar. Com os tratamentos, minha fé e o grande apoio da Música, venci a doença.
  Não consigo encontrar uma palavra para descrever o que sinto pela Música. Ela foi fundamental em muitos momentos de minha vida. Para mim, é um refúgio em que criei meu universo particular, um lugar bonito e tranquilo onde posso relaxar e me expressar. O piano se tornou meu confidente. Já passamos por muitas dificuldades juntos tentando decifrar as sinfonias de Beethoven, as cirandas de Villa Lobos, as sonatas de Bach. Com ele, tinha a mágica sensação de realização ao conseguir tocar músicas tão belas, como se nada mais faltasse para eu ser feliz.
  Já não toco com a mesma agilidade que tocava quando jovem, já não escuto tão bem. Mas eu sei que a música está em meu coração e é uma amiga para toda a vida. Tenho certeza, meus queridos, que se vocês se tornarem amigos da Música, ela nunca os abandonará, assim como as notas nunca abandonam a pauta.
  Entre as claves de sol e fá, correndo pelas escalas, meu coração bate no ritmo da música da vida. Desejo que vocês consigam encontrar na música sua essência, assim como eu encontrei. E quando eu não estiver por perto, cantem aquela música  que a gente ria, é tudo que eu cantaria. E quando eu for embora, vocês cantarão.

                                                                                                              De todo o coração,
                                                                                                                          Vó Luiza

sábado, 22 de fevereiro de 2014

A Escola da Vida

Queridos leitores, 
Gostaria de me desculpar pela recente ausência. Tenho que admitir que o 1º ano do Ensino Médio está bastante complicado, cheio de novas disciplinas e milhares de provas toda semana. Mas com o tempo, vou me adaptando e irei conseguir me organizar para postar mais aqui no blog.
Sem mais delongas, aqui vai mais um texto para vocês. É uma dissertação sobre o tema "Viver e Aprender", cobrado na primeira edição do ENEM em 1998.


    Aprender é um ato constante na vida de todas as pessoas. Mesmo que de forma involuntária, todos aprendem algo em seu cotidiano. Vivemos em uma grande escola em que podemos aprender muito com simples ações de pessoas à nossa volta, com as dificuldades que passamos e com nossos erros e acertos.
    Se observarmos atentamente o mundo que nos rodeia, podemos perceber pequenas ações que nos trazem lições muito importantes. Ser educado, generoso, atencioso e compreensivo com o próximo dizendo simples palavras como 'bom dia' e 'como vai?' pode tornar o dia de muitas pessoas mais agradável. Ouvir e ajudar alguém em um momento de dificuldade, ou apenas manter limpos e organizados os locais que utilizamos podem ser ações que fazem a diferença na convivência social.
    Ao observarmos essas ações e refletirmos sobre elas, podemos aprender com os erros e acertos dos que estão à nossa volta. Além disso, não se pode deixar de analisar nossas próprias ações, para que possamos crescer e prosperar.
    As dificuldade que passamos também fazem parte do processo de aprendizagem ao longo da vida. Ao aprender a lidar com elas, nos tornamos mais fortes e resistentes e passamos a ver o mundo de maneiras diferentes, valorizando ainda pequenos detalhes do nosso cotidiano.
    Refletindo sobre ações que vemos e praticamos, aprendemos lições fundamentais à vida em sociedade, e tornamo-nos pessoas melhores. Assim, é possível se inserir melhor na comunidade, convivendo bem com as pessoas e sendo feliz.

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

FELIZ ANO NOVO!!!


Queridos leitores,
Tenho estado um pouco ausente nesses últimos dias e peço desculpas por isso. Apesar de estar de férias estou bastante atarefada e além disso, sem inspiração para escrever. Se alguém tiver alguma sugestão de tema que gostaria que eu escrevesse, por favor, mande um email ou comente aqui no blog, pois estou precisando encarecidamente de ideias. Meu email é michellebo99@gmail.com. Mandem sugestões!
Estarei viajando até praticamente o fim de janeiro, e assim que voltar, postarei novidades aqui para vocês.

Mas, meu principal objetivo com esta postagem é desejar à todos um FELIZ ANO NOVO!! Que o ano de 2014 seja iluminado, repleto de paz, saúde, desafios a serem vencidos, surpresas boas, alegria, amor e grandes realizações para todos nós. Que esse ano supere nossas expectativas e seja muito melhor que 2013!
Obrigada por todos os acessos e comentários durante o ano de 2013. E espero que continuem acessando, comentando e divulgando o blog! Obrigada por estarem tornando meu sonho de divulgar minhas ideias e pensamentos tornar-se realidade.
Que possamos colocar em prática todos os ensinamentos que aprendemos em 2013 e fazer um 2014 mais que maravilhoso. 2014, estou pronta! Vamos lá!!
Obrigada pelo apoio.
Feliz 2014!!
Abraços,
Michelle 

domingo, 24 de novembro de 2013

Refletindo...

Ola, leitores.
Estive no Rio de Janeiro no fim de semana passado e uma situação específica me fez refletir e eu resolvi compartilhar minhas reflexões aqui com vocês. 


Estava andando no calçadão de Copacabana com meus pais a noite, por volta das 22h e meu pai foi tirar uma foto minha. Enquanto estávamos tirando a foto um homem passou e ficou olhando para o celular. Eu já corri pro meu pai e guardei o celular. Mas o homem voltou e começou a conversar com meu pai. Ele disse que era do bem, da paz, que estava mal vestido, mas que não roubava nada de ninguém. Começou a contar uma história de que ele era do Espírito Santo e que precisava de dinheiro para pagar uma diária em um hotel. Meu pai deu algumas moedas pra ele, mas ele nem agradeceu e saiu andando, bravo, jogou as moedas no chão e saiu xingando o ar, dizendo "quem pode, pode nessa porra!!".
O que ele disse me fez pensar... O quanto as pessoas são hipócritas! As pessoas mal sucedidas financeiramente dizem que os ricos são ladrões, que a burguesia é folgada, que são os "reis do mundo", que concentram todas as riquezas e abusam do que tem. Mas o que todos esses "reacionários" que criticam as classes mais altas querem é estar no topo, assim como eles. 
Resumindo: os pobres só criticam os ricos, mas o que eles realmente querem é estar lá no lugar deles, aproveitando o luxo e a riqueza. Para mim, é muita hipocrisia! 
Muitos pensam que as classes mais altas conseguiram o que têm de forma inadequada, como se estivessem "roubando" dos mais pobres, mas muitos estão no topo hoje porque batalharam na vida e conseguiram conquistar seu lugar no mundo. Não é só porque uma minoria concentra as riquezas, que essas pessoas estão privando a maioria de uma vida melhor. Se toda essa maioria que hoje não está bem financeiramente tivesse trabalhado e se esforçado como muitos ricos de hoje, nossa sociedade seria muito mais evoluída e teríamos um pais mais desenvolvido.
Pensem nisso... Vamos estudar e trabalhar, chega de moleza! 

Sei que posso receber críticas com o que acabei de dizer, por ser encarado como um pensamento burguês de elite, mas é assim que penso e criei este blog justamente para expor meus pensamentos. Gostaria também de saber o que vocês pensam sobre isso, deixem seus comentários.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

A Perfeita Sociedade Imperfeita

A seguir, um texto dissertativo argumentativo que produzi em uma aula de redação a partir de leituras sobre clonagem de animais e humanos. Espero que gostem e deixem seus comentários.



A clonagem é um tópico bastante debatido em todo o mundo. A geração de animais e embriões geneticamente idênticos gera polêmica e tem diferentes visões de acordo com o ponto de vista com que é analisado.
Com os avanços tecnológicos tornou-se possível produzir embriões humanos e a indústria desses embriões é muito lucrativa, porém gera diversas críticas.
A fabricação de embriões pode ajudar casais a realizarem o sonho de ter filhos. Os futuros pais podem ainda escolher o sexo, cor da pele e cor dos olhos do filho.
Entretanto essa seleção genética pode ser considerada uma "higienização" da sociedade, que é de fato preocupante. Cientistas radicais justificam o fato alegando que buscam o "bem da humanidade". Porém, é impossível esquecer que esse mesmo argumento de "higienizar e purificar" a sociedade para o "bem da humanidade" foi usado também pelos nazistas na Alemanha e acabou por dizimar milhares de pessoas considerada "impuras".
Estudos e pesquisas com células-tronco podem ser essenciais para o futuro da humanidade, utilizadas na cura de doenças e para ajudar em casos em que a pessoa é realmente impossibilitada de ter filhos. Porém, a utilização delas para criar uma sociedade "perfeita" é inaceitável. Tal tema já foi abordado em diversas produções literárias e filmes, que projetam o quão seletiva e monótona seria uma sociedade produzida em laboratório.
Produzindo uma sociedade dentro de laboratórios, a reprodução natural dos seres humanos seria extinta; a ordem natural criada por Deus de que uma mulher e um homem se relacionam e reproduzem deixaria de existir. O ser humano seria frio e a sociedade amargurada. 
Ainda,  ao criar uma sociedade "higienizada", a diversidade, que é a verdadeira perfeição da humanidade não haveria mais de existir. Pois as diferenças e imperfeições humanas são justamente o que torna nossa sociedade tão perfeita.