quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

CriARTividade

Cores em Cores
Michelle Barros Oliveira
A arte é fruto da imaginação humana, da capacidade de sonhar, desenvolver e criar obras, exclusivamente pertencente à nós, seres humanos. Assim, atualmente aquele capaz de estender sua imaginação é visto como um mágico, capaz de seduzir e emocionar com sua obra.
Muitas vezes, o homem cria em busca da reestruturação de si próprio e do ambiente de uma forma utópica, além de muitas vezes, ter o objetivo de expor crenças comuns para serem articuladas, sendo verdadeiros testemunhos históricos e contribuindo na visão de mundo de muitos.
A criatividade é o ponto de partida para a criação de uma obra de arte, que permite que muitas vezes, meros objetos se tornem obras primas. Assim fez Picasso em sua obra "Cabeça de Touro" utilizando o banco e o guidão de uma velha bicicleta. Contudo, podemos conceituar que mesmo o mais precioso objeto não pode ser considerado uma obra a não ser que haja imaginação e trabalho manual, seja ele qual for, em seu processo criativo. Este, pode se dizer que é composto por uma série de saltos imaginativos e inúmeras tentativas do artista de dar forma à sua imaginação. Esse novo objeto criado, tende a ser visto por uma coisa viva por seu criador. Devido à isso, a criatividade já foi um conceito reservado à Deus, pois somente Ele poderia dar forma á uma ideia.
Cabeça de Touro
Pablo Picasso
A arte faz parte da vida humana desde seus primórdios, onde o homem começou a produzir ferramentas com a finalidade de superar suas limitações físicas, além de produzir objetos sem utilidade imediata, conhecidos como obras de arte. Atualmente, a arte está presente em todos os lugares, inclusive nos vários objetos que utilizamos em nosso dia a dia. Precisamos então aprender a apreciar os mais diversos tipos de arte com que nos deparamos. Necessita-se criar opiniões e gostos próprios a respeito das obras de arte e para isso, refletir sobre a razão e à quem o artista cria é essencial.
O artista não cria apenas para satisfazer seu próprio desejo, mas para que sua obra seja apreciada, sendo muitas vezes a apreciação o motivo principal para criar, pois o processo criativo não finaliza-se enquanto a obra não encontrar um público específico, aquele que ama e respeita a arte.
A partir da frase "A arte é o último estágio da evolução de uma sociedade", podemos analisar que a arte está presente em tudo e influencia uma sociedade em todos os aspectos, seja na educação, na arquitetura e principalmente na cultura de um povo. Acredito que o Brasil ainda é de certa forma bastante leigo e precisa evoluir bastante no quesito Arte. É necessário maior valorização e contato da população com os variados tipos de arte, locais ou estrangeiras. O caminho para encontrar a arte está aberto à todos, podemos assim ampliar nosso conhecimento e com aprendizado, pesquisas e valorização, conseguimos criar opiniões e escolhas individuais a respeito das obras de arte, podendo afirmar que sabemos sobre aquilo que gostamos.

Partindo da leitura de algumas partes do livro "Iniciação à História da Arte" e "História da Arte"de Graça Proença, escrevi estas reflexões sobre o que é a Arte e suas finalidades. Agradeço ao meu professor de Arte Leandro Bessa pela orientação e incentivo. Espero que tenham gostado. Deixem seus comentários!

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Hamlet

"Ser ou não ser, eis a questão"
Esta famosa frase de Shakespeare faz parte do texto da peça teatral do gênio dramaturgo (meu ídolo) William Shakespeare que assisti semana passada. Hamlet.
Com concepção e direção de Ron Daniels, Thiago Lacerda brilha em sua interpretação do protagonista em crise, o atormentado, revoltado, louco e frágil príncipe da Dinamarca.
A trama tem início quando o rei Dinamarquês morre e seu filho não sucede o trono. Eleito pelo congresso, o irmão do falecido rei toma o poder e logo se casa com a viúva. O jovem príncipe, triste com a morte de seu querido pai e indignado com o ríspido casamento da mãe, recebe misteriosas visitas do suposto fantasma de seu pai. Ele afirmava ao filho que fora assassinado por seu próprio irmão que usurpou seu trono e sua esposa e queria que Hamlet vingasse sua morte. Atormentado com os fatos, o príncipe decide fazer a vontade de seu pai e quer vingança. Abalado e angustiado, procura pelo melhor momento de matar seu tio. E assim, típico de suas peças, Shakespeare dá um trágico final a seus personagens, nos mostrando que vingança apenas gera mais vingança e nada mais além da morte.
A atuação de Thiago Lacerda é realmente incomparável. Uma das partes que mais chama atenção é a crise existencial em que entra o protagonista e como Thiago consegue com interpretar de forma tão real. Ele realiza seu papel com muita seriedade, encarando esse grande desafio após um ritual de preparação.
Em meio a tanto aborrecimento e questionamentos, percebemos um pouco de humor, eis que surge uma cena para descontrair, dois coveiros mineiros muitos divertidos, interpretados por Fernando Azambuja e Chico Carvalho que levam a platéia a gargalhar com suas falas e seu jeitão mineiro de ser. 
Os figurinos escolhidos são bem casuais com um detalhe interessante: Hamlet usando All Star.
Ron Daniels adaptou o texto para a realidade brasileira, com uma linguagem mais simples e mais fácil de ser compreendida, além de leves toques de humor e figurinos bem descontraídos, permitindo maior interação do público com os artistas. Porém, sempre de forma fiel ao texto original.
Particularmente, adorei a peça. Porém, é necessário pelo menos um pouco de interesse por parte do espectador pela obra de Shakespeare para que goste do espetáculo, pois é complexo e exige atenção para não perder nenhum detalhe.
Recomendo à todos porque realmente vale a pena conhecer esta maravilhosa obra e conferir de perto a atuação ímpar de Thiago Lacerda e de todo o elenco nesse grandioso espetáculo.

A peça está em cartaz no teatro TUCA em São Paulo.
Às sextas-feiras e sábados às 21h e domingos às 19h.
Clique aqui para mais informações sobre o espetáculo e venda de ingressos.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Frase da Semana

Olá leitores!
Bom, como eu já havia dito há um tempinho, aqui vai uma frase de minha autoria para esta semana.

O que o a vida separa, o destino e o amor unem novamente.

Boa noite e boa semana,
Beijos!

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Apaixonada por Palavras


Quando vi esse livro, me identifiquei imediatamente porque assim como a autora, sou completamente apaixonada por palavras.
Escrito pela autora Paula Pimenta, -autora da série de livros "Fazendo Meu Filme" e  "Minha Vida Fora de Série"- o livro reúne crônicas maravilhosas, onde passamos a conhecer Paula melhor, fazendo parte de seu dia a dia, compartilhando de suas suas experiências, alegrias, tristezas e paixões. 
Cada crônica tem uma essência diferente. Umas cheias de humor, outras que nos fazem derramar muitas lágrimas e aquelas que nos fazem suspirar. Apesar de ter gostado de todas elas, encontrei três que realmente me apaixonei e vou contar um pouquinho sobre estas crônicas aqui. 
"Apaixonada por Palavras", sendo a crônica-título do livro, a autora diz que o que desperta sua curiosidade em uma pessoa é ela saber escrever o que pensa e que garotos que escrevem bem, o que são poucos, têm um charme diferente. Eu concordo plenamente. 
"Minha Coisa Preferida" outra crônica maravilhosa que me me emocionou. Como já disse anteriormente no texto "Minha Mia", Paula fala sobre sua cachorrinha Menina que a ajuda a superar os momentos mais difíceis. Porém, o que fazer quando Menina não está mais por perto e a dor de sua perda precisa ser superada?
"A História do Meu Livro" Nessa crônica, a autora discorre a respeito de como ela começou a escrever seu primeiro livro "Fazendo Meu Filme 1". Ela conta como foi o processo de escrita, a procura por uma editora para publicar o livro, a edição e escolha da capa, a angústia da espera pela publicação e a emoção ao ver seu próprio livro sendo vendido e sua história emocionando leitores.
O livro todo é maravilhoso, foi muito bem editado e tem algumas particularidades que o deixam ainda mais especial, como o fato de algumas frases lindas em cada crônica serem destacadas, nos fazendo refletir um pouco mais sobre cada uma delas. Algumas crônicas são iniciadas por trechos de músicas; todas elas possuem a data de quando foram escritas e no final de cada uma foi colocado um coraçãozinho rosa, o que eu achei muito fofo.
É uma leitura fácil, relaxante e por ser dividido em crônicas, pode-se ler uma delas quando quiser. De fato, um ótimo livro de cabeceira. Recomendo à todos. Garanto que irão se apaixonar pelas palavras.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Minha Mia


Ontem li uma linda crônica do livro “Apaixonada por Palavras” da Paula Pimenta chamada “Minha coisa preferida”. A autora falava sobre sua cachorrinha “Menina”, que a ajudava a vencer todos os obstáculos da vida, alegrando-a sempre. Essa crônica me inspirou e então decidi escrever sobre minha coisa preferida...

Assim como Paula Pimenta, minha cadelinha é minha coisa preferida. Ela é minha companheira de todos os momentos, minha melhor amiga, minha filhinha. Ela faz parte de mim.
Eu sempre gostei muito de cães, desde pequenininha. Porém, meu pai não gostava nada deles, talvez por algum trauma, não sei direito. 
Contrariando o desgosto de meu pai por cachorros e levando em conta meu amor por eles, há quase quatro anos, faltando poucos dias para meu aniversario de 10 anos, em junho, fomos minha avó, minha mãe e eu a um pet shop em busca de uma cadelinha para mim. Ao vê-la, aquela coisinha tão pequenininha, tão fofinha... não teve jeito, me apaixonei por ela. A Mia. O nome já estava escolhido, era a princesa Mia do filme “O Diário da Princesa”, que eu amava e ainda amo. Ela era muito pequena e magrinha, com apenas 3 meses de idade. A vendedora disse que ela era muito frágil e que adoeceria muito fácil. A princípio minha avó e minha mãe não queriam comprá-la, mas eu as convenci. Elas perceberam o brilho em meus olhos e sabiam que a Mia havia nascido para ser minha. Aquela carinha de “cachorro que caiu da mudança” pedindo para que eu a levasse. E foi isso que fizemos: compramos, pegamos todas as recomendações e a levamos para casa.  Foi o melhor presente de aniversário que eu já ganhei. Ah, vale lembrar que meu pai estava viajando nesse dia (hehe). Arrumamos todo o cantinho da Mia na área de serviço e esperamos até que meu pai chegasse no dia seguinte. Ao chegar, acho que ele ficou um pouco assustado, ficou um pouco distante. Porem, em poucos dias a Mia o conquistou e hoje ele também é completamente apaixonado por ela. É só ela fazer uma carinha de “pidona” que ele dá tudo que ela quer!
Acho que os cães tem algum sentido que os faz perceber que precisa dele naquele momento, um instinto de proteção. Sempre que alguém na casa está triste ou doente, lá vai a Mia com aquela carinha, andando com aquele rebolado de sempre para nos alegrar e confortar. Ela ama carinho e vive disso. Acredito que ela é capaz de ficar dias sem comer, apenas recebendo carinho. Fica o dia inteiro no colo de alguém ou debaixo do sofá, dormindo. Sempre que minha mãe está em casa, ela chega arranhando as pernas dela para pedir colo. Mas assim que chegam pessoas conhecidas, ela está pronta para fazer seu trabalho de alegrar a todos, vai correndo e é aquela festa. 
Nem todos da minha (grande) família gostam da Mia (não sei por que), mas posso garantir que ela já conquistou muitos e que ainda conquistará, com sua doçura, carinho, amor e charme. Ela apenas quer respeito, amor e carinho, sem nada em troca. Não liga para bens materiais e está sempre querendo alegrar as pessoas, sem guardar magoas nem ressentimentos. Os cães são assim, sempre dispostos a nos fazer companhia e tornar nossa vida mais leve. Porém, as carinhas, as andadas rebolando, seu rabinho peludo, os incansáveis pedidos por petiscos, suas latidinhas, lambidinhas, barriguinha rosa, seus laçinhos (que param em todos os lugares, menos na cabeça), suas corridas atrás do rabo, seus cochilos em minha cama, espreguiçadas ao acordar, as arranhadas para pedir colo e o amor incondicional que ela nos dá a tornam especial. Única. A tornam Mia. Minha princesa Mia.