sábado, 10 de agosto de 2013

Somos mesmo uma raça de mimados?

O texto a seguir eu produzi a partir da leitura de uma reportagem de Luiz Felipe Pondé com o objetivo de expressar minha opinião sobre ela. A reportagem "Uma Raça de Mimados" foi publicada na revista Lola, é bastante crítica e até desconfortável de certa forma. Porém, é muito interessante e um belo "tapa da na cara da sociedade". Espero que gostem da minha opinião, deixem seus comentários. 


Partindo da leitura da reportagem "Uma Raça de Mimados" escrita por Luiz Felipe Pondé, uma discussão ampla e praticamente sem fim é aberta. Luiz Felipe aborda questões que provavelmente nunca paramos para pensar, o que torna seu texto interessante, mas ao mesmo tempo incômodo.
Em sua linha de pensamento pessimista, que pode também ser considerada realista, Luiz afirma que certamente não vivemos em uma época revolucionária, acusando de mal-informado alguém que pense isso. Para ele, quem acha nossa época revolucionária precisa estudar Pré-História, pois revolucionário mesmo foi o fogo. Realmente, o fogo foi um marco na história da humanidade e nos permitiu chegar até aqui. Porém, discordo em parte com o fato de nossa época não ser nada revolucionária. Acredito que a enorme evolução das tecnologias nos permite hoje ter acesso à muito mais informações, o que permitiram o desenvolvimento de várias áreas como a construção civil a medicina, aumentando ainda a expectativa de vida. Entretanto, penso que essa revolução tecnológica gerou reflexos negativos na sociedade. A sociedade "involuiu" e concordo plenamente com Pondé ao dizer que provavelmente seremos lembrados como habitantes da era do ressentimento, pois somos todos chorões e não conseguimos lidar com as frustrações. "[...] viver é se frustrar.". Bom, não sejamos assim tão pessimistas, mas as frustrações também fazem parte da vida e a sociedade atual se fragiliza muito diante delas, o que acredito que pode ser uma consequência dessa revolução tecnológica pela qual estamos passando. Precisamos aceitar o que a realidade nos traz e parar de lamentar, chorando pelos cantos se perguntando "Por que comigo?".
Pondé afirma "[...] vivemos na sociedade do conforto, e a marca dessa sociedade é a ideia de que temos "direito à felicidade."". Efetivamente, vivemos em uma sociedade do conforto, onde todos buscam "ser feliz". Entretanto, O conceito de felicidade encontra-se deturpado. A sociedade vem buscando tanto essa "felicidade"que o conceito verdadeiro da palavra acabou por se modificar ou até por se perder. O ideal de "ser feliz"quase apagou a chama da real felicidade. Mas essa chama ainda existe e precisa ser alimentada. Aceitar o fato de que não somos donos do Universo, mas apenas parte dele pode ainda ser difícil para a sociedade. Porém, o Universo pede uma evolução e por isso, temos que conviver com a realidade que muitas vezes pode ser cruel; acatar as decisões da natureza e lidar com as frustrações que ela nos pode trazer. Apenas assim reacenderemos a chama da felicidade verdadeira com toda a sua força.
Discordo completamente com a ideia negativa exposta por Pondé de que não temos direito à felicidade por ela ser insignificante diante do Universo. Temos sim o direito e o dever de sermos verdadeiramente felizes, pois nossa felicidade definirá a forma que seremos lembrados.